Um grupo de amigos em Vilhena decidiu radicalizar os finais de semana. Para isso criaram gaiolas – automóveis fora de estrada que ao invés de latarias têm ferros retorcidos que fazem apenas a proteção dos passageiros e pilotos – e começaram a explorar todos os pontos imagináveis e inimagináveis que o Cone Sul do estado oferece para esse tipo de esporte. Ao todo cinco geringonças automotivas já estão na ativa e a cada dia novos adeptos começam a montar uma. Cada qual imagina o desing e coloca a mão na massa.

 

Segundo um dos precursores do esporte em Vilhena, Regis Muraro, um “gaioleiro” ajuda o outro a confeccionar seu veículo. Segundo ele, em média R$ 3 mil são gastos para que as “jabiracas” saiam das oficinas direto para as pirambeiras da região. “Pela quantidade de procura, acredito que até o ano que vem cerca de 10 gaiolas estarão prontas”, disse. O esporte é eclético. Homens e mulheres dividem o volante das geringonças automotivas, subindo e descendo morros, saltando em rampas e passeando pelas estradas mais destruídas da região.

 

Além destes esquisitos carrinhos, motos, jipes e qualquer outro tipo de veículo auto-motor acompanha os trilheiros nas aventuras. “Não somos um grupo fechado. Se a pessoa tiver uma gaiola, moto e gostar de trilha será muito bem vindo”, diz.  Estradas como a BR-174 (que liga Rondônia ao Mato Grosso), estrada da Nova Conquista (distrito de Vilhena e região cheia de morros e curtas convidativas) e estrada da farinheira são as preferidas dos “gaioleiros”.

 

Na prática deste tipo de esporte em Vilhena são não vale uma coisa: rivalidade e competição. “Somos amigos e temos as gaiolas para nos divertir. Gostamos de nos reunir para tirar o estresse da semana e brincar”, arremata Regis.

 

TEXTO: RÔMULO AZEVEDO